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3.12.13

Honda na F1 dos anos 60






Mas o que esses filmes tem com carros clássicos? Meus caros - demonstra determinação e criatividade. A Honda começou a fabricar carros com motorzinho de dentista (menos de 1000cc), para atingir 4 anos depois um desenvolvimento de motor e chassis de F1... depois, dominou o mundo antes reinado por ingleses, alemães e italianos... poucas luas dos anos 60 se passaram para a Honda começar um legado.

 
A Honda fez a sua estréia na F1 em 1964... sim muita gente não sabe disso. Na verdade essa estréia ocorreu apenas e tão somente 4 anos depois deles construírem o seu primeiro carro. O F1 da Honda começou a ser desenvolvido em 1962 e tinha o nome de RA27, estreando na Europa com algo já diferente: um carro totalmente branco... time totalmente formado por japoneses... e... pilotos norte-americanos: Ronnie Bucknum e Richie Ginther... e mais: naquela época somente a BRM e Ferrari construíam seus carros e chassis - assim, também, procedeu a Honda, para o espanto geral. Dizem que a Honda escolheu piloto norte-americano, para vender mais motos nos EUA, mas isso é uma lenda urbana. Os pilotos da época já estavam compromissados, e desconfiavam muito de um carro japonês nas pistas europeias (chegaram a procurar o Phil Hill que estava desempregado, mas esse disse não a Honda - indo na época para a Cooper - claro, até eu entre a Cooper e a Honda... Cooper é claro). O Ronnie era um piloto de Endurance e... a Honda fechou um contrato com ele por 4 corridas - somente isso.
Antes da carroceria a Honda iniciou seu projeto de F1 com o motor - desenvolveu um motor V12 de 1.5litros, que funcionaria de modo transversal... tinha 230 a 250hp - dai eles adaptaram esse motor num chassis tubular - essa chassis é que teve o nome do projeto (RA271) - o carro era testado no seu desenvolvimento no circuito de Zandvoort. O start foi em Nurburgring e o carro largou em 22o e quebrou na 11a volta (lembrem-se que na época, tal circuito tinha 22km de extensão). Não correram a prova seguinte (Austria), indo direto para Monza - lá a Honda largou em décimo lugar e estava em quinto, quando o motor aqueceu em demasia. Na corrida seguinte (em território norte-americano - Watkins Glen), o motor ferve novamente.
Em 65 a Honda contrata o ex-piloto da BRM - Richie Ginther (aliás, muito melhor do que o Ronnie). A Honda coloca em 65 dois carros, ganhando o primeiro ponto na Holanda (o Richie chega em 6o) e o Ronnie só fazia quebrar o carro - não sabia poupar. Na última prova do ano, no México, a Honda vence a corrida com o Richie (pelo regulamento seria a última com motores de 1.5litros). Ok... a prova deveria estar muito ruim, porque o Ronnie chegou em quinto!!!

Em 66 era a época dos motores V12 de 3litros - para desenvolver o carro - a Honda falta grande parte dos GPs, aparecendo no GP italiano - com 2 carros novos (e pilotos velhos) - os carros deste ano eram chamados de Honda RA273 - com 360bhp (tinha um chassis muito pesado).

Surters e Yoshio Nakamura (team director) no GP da Holanda de 1968.

Em 67 - agora com o mercado já conhecendo a Honda, esta contrata o ex-campeão de motocicletas - John Surtees - correndo apenas com um só carro (RA300, com chassis desenhado pela Lola do Reino Unido - tinha um apelido "Hondola"). Depois apareceu o Honda RA301, o RA302, que correu em Rouen-les-Essarts, onde um acidente resultou na morte do Jo Schlesser. Em 68 anunciou a sua retirada dos GPs. Era o fim de uma era... só voltaria muitas décadas depois, para alegrar milhões de fans da F1. Foi uma experiência de 11 GPs em 3 temporadas, com apenas 2 pontos conseguidos, contudo, essa experiência transformou a Honda num gigante da F1 e da Indy.

RA272 1965

Filminho de GPs de 60 a 65 (em japonês) - 51 minutos de Honda F1
Motor V12
RA272
RA272
RA272
Honada
Dario Franchitti
Surtees em Monza

RA300
RA272 México
RA 272, 300 e 301
Mexico 65

Luis Cezar

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